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DIABETES MELLITUS (DM)

DIABETES MELLITUS (DM) é uma das principais síndromes de evolução crônica que acomete a população nos dias atuais. A sua prevalência vem crescendo significativamente com o processo de industrialização e urbanização populacional dos últimos anos. Atualmente, esta doença representa um importante problema de saúde pública sendo a terceira causa de morte no mundo. Mas há como lidar com ela de maneira tranquila. Neste sentido, prevenção, controle e informação são os caminhos mais indicados para isso.
A desinformação em conjunto com o pior da vida moderna, o sedentarismo e os maus hábitos alimentares, é a grande responsável pelo agravamento do quadro da Diabetes. No entanto, ao se adotar um estilo de vida saudável é possível controlar e até evitar a doença.

Para entender a Diabetes é preciso saber, antes de mais nada, que glicose e insulina dependem uma da outra e que absolutamente ninguém sobrevive sem elas.
Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar, como na sua transformação em outras substâncias.
Existem dois tipos principais de diabetes: o tipo I, que geralmente aparece na infância ou adolescência, e o tipo II que se manifesta, na maioria dos casos, em pessoas acima dos 40 anos.


Diabetes tipo I

Conhecida como diabetes insulino dependente e diabetes infanto-juvenil. Normalmente se manifesta na infância. Na diabetes tipo I as células beta do pâncreas perdem a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, resultando em pouca ou nenhuma produção de insulina.
Os portadores de diabetes tipo I necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente.
A diabetes tipo I ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.


Diabetes tipo II

Conhecida como diabetes não insulino dependente ou diabetes tardia. Na diabetes tipo II existe uma combinação de dois fatores: diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, a diabetes tipo II pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença.
A diabetes tipo II ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.


Sintomas:

• Urinar excessivamente, inclusive acordar varias vezes a noite para urinar.
• Sede excessiva.
• Aumento do apetite.
• Perda de peso, em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo comendo de maneira excessiva.
• Cansaço.
• Vista embaçada ou turvação visual.
• Infecções freqüentes, sendo as mais comuns, as infecções de pele.


Complicações:

Maior concentração de glicose no sangue provoca um fenômeno inflamatório nas pequenas artérias que degenera, especialmente, suas terminações. Como consequência, diversos órgãos são atingidos, entre eles o coração (maior número de ataques cardíacos), os rins (insuficiência renal), as pequenas artérias da retina (alterações na visão), do pênis (impotência sexual) e do cérebro (derrames cerebrais). Nos membros inferiores, especialmente nos pés, podem surgir feridas que demoram a cicatrizar. Além de acometer as artérias, o aumento de glicose no sangue pode, ainda, alterar terminações nervosas fazendo surgir as neuropatias diabéticas.

Além de atingir todas as faixas etárias, inclusive a mulher grávida, a doença não tem distinção de sexo, raça e condições socioeconômicas. É, portanto, uma doença de alta prevalência, que requer vários procedimentos e o trabalho de equipe multidisciplinar para o seu controle. Quando bem controlada, evita complicações agudas e crônicas.

No Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), o Ministério da Saúde faz um alerta para população: “as pessoas precisam fazer mudanças nos seus hábitos de vida. É necessário ter uma alimentação adequada, manter o peso na faixa normal, fazer atividade física regularmente, manter-se informado para o autocuidado visando à promoção de uma vida mais saudável”, afirma Rosa Sampaio, coordenadora Nacional de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde. Considerada epidemia mundial, a enfermidade está relacionada ao envelhecimento da população, ao sedentarismo, a dietas pouco saudáveis e ao aumento da obesidade.

A cada dez segundos, uma pessoa morre no mundo em consequência das complicações do diabetes, são 3,2 milhões de mortes por ano. Pelo menos, uma em cada dez mortes entre adultos de 35 a 64 anos no mundo por conta da doença. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que existam cerca de 11 milhões de portadores de diabetes, sendo que 7,5 milhões já sabem que tem a doença. Em todo o mundo, há 246 milhões de pessoas com diabetes. Até 2025, esse número deve chegar a 350 milhões, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF).

Fonte: www.saude.gov.br